quarta-feira, 29 de julho de 2015

A bem-aventurança dos justos - Salmo 1

"Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores!
Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite.
É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera!" Salmos 1:1-3
O Salmo 1 é considerado o prefácio dos Salmos. Entende-se que este Salmo é um resumo de todo o livro do Salmo. Ele busca nos ensinar sobre as bem-aventuranças do justo em contraste ao destino dos injustos.

Versículo 1

Primeiro salmo do livro, o Salmo 1 é muito conhecido pelos cristãos por seu primeiro versículo, onde muitos bradam de forma muito piedosa o "Não vos assenteis na roda dos escarnecedores", tentando convencer as pessoas a se afastarem de más companhias. Esta afirmação é verdadeira quando a enxergamos pelo contexto hebraico, oriental, que entendia as afirmações de maneira muito prática. Portanto, 'não se assentar na roda dos escarnecedores' não se referia apenas ao simples ato de se sentar junto dos que praticavam estas obras, mas também de compactuar e ser um dos escarnecedores. Mas a passagem que me chama atenção neste Salmo, e que será tema base na noite de hoje é trazida nos versículos 2 e 3.

Versículo 2

O segundo verso do texto nos mostra, em oposição ao influenciável vacilante, é a postura de um justo diante da lei de Deus, ou da Palavra de Deus. Que não só a tem em muita consideração, mas como também tem nela sua fonte de prazer. O justo se "satisfaz" na Palavra. Este prazer se manifesta em uma vida devocional prazerosa, que o faz pensar nela em todo seu dia. Me lembro de logo quando me converti, quando eu devorava a Bíblia. Não entendia tudo o que lia, mas olhava para as Escrituras como quem olha para o céu estrelado a noite, contemplando admirado sua imensidão em sabedoria, mistério, conhecimento. Sabia que eu poderia compreender sim muito do que há lá, mas que uma vida toda não seria suficiente para esgotá-la. São lembranças doces de um apaixonado, eu sei. Hoje a caminhada já é mais equilibrada, com seus altos e baixos.

Mas a Palavra de Deus deve nos dar prazer, como dá ao salmista. Primeiro por sua origem: o próprio Deus se rebaixando à nossa limitada linguagem para se revelar a nós. E este rebaixamento, apesar de parecer um adjetivo pejorativo, não diminui quem se revelou, de modo que essa revelação é grandiosa ao ponto de sabermos que este Deus se permitiu, por amor, ser chamado Pai por nós. E com essa relação de Pai ele cuida, exorta, orienta, ensina.

Versículo 3


O verso 3 trás uma das mais lindas figuras do que é a nossa relação com Deus. A da árvore plantada junto às águas correntes. Nós somos esta árvore plantada que, como consequência desta alimentação constante, dá frutos no tempo certo e mantém seu vigor. E em tudo o que faz, como justo, prospera.

Este texto permite algumas inserções:


  • A necessidade de alimentação constante.
Precisamos nos alimentar constantemente de Deus, da lei de Deus, da Palavra de Deus, se quisermos dar frutos. E Jesus Cristo é nossa principal fonte.

"Disse-me ainda: "Está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida." Apocalipse 21:6

  • Provamos de frutos que provém da sabedoria de Deus (no tempo certo).
  • Mantemos nossa vitalidade espiritual, sendo mais dificilmente abalados, mais confiantes e certos de que já temos a vitória final.

Conclusão

Com a vida ligada a Deus e à sabedoria Dele não somos influenciados pelos ímpios, que em nossos tempos são os pensamentos que não consideram Deus, cada vez mais crescente em nossa cultura narcisista e ateísta. Temos prazer na Verdade de Deus e em sua meditação.

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