quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Natal: uma data para celebrar a paz e o amor!

Muitas pessoas desfrutam do Natal e o entendem como uma data em que se deve tratar a todos com amor, ser pacíficadores, restaurar relacionamentos, distribuir perdão, fazer uma auto-análise de como foi ano, dos acontecimentos, o que deve ser repensado, modificado, melhorado, etc.

Estes atributos estão relacionados ao Natal por ele ser a data comemorativa cristã do nascimento de Jesus Cristo, e estes atributos estão ligados a Ele. Boa parte das pessoas transmitem estas características, às vezes até as desligando da pessoa a quem se refere, por ter na cabeça a imagem de um cristianismo que se parece mais com uma caricatura de filantropia do que algo a ser vivido e conhecido profundamente, distorcendo o sentido real da ligação dos "atributos natalinos" com Jesus Cristo.

Há um pano de fundo real onde estes atributos só fazem sentido quando são aplicados a e relacionados a Cristo e ao propósito de sua vinda.

Falamos em amor no Natal, porque a vinda de Cristo foi uma manifestação do amor de Deus:
Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele.1 João 4:9
E este amor foi manifestado para sanar uma realidade: a do pecado, e para pagar por eles morrendo no nosso lugar.
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.1 João 4:10 
Aí sim chegamos ao ponto do verdadeiro sentido do amor que deve ser compartilhado entre nós, não só no Natal:
Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.1 João 4:11 
No Natal também falamos em paz, reconciliação, analisamos nossa vida e tentamos tirar lições boas do que passou por um motivo: Cristo nos dá paz com Deus, reconciliando nosso relacionamento com Ele, e nos dá lições nas nossas caminhadas onde aprendemos tanto com as coisas ruins, quanto com as boas que acontecem.
Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo,Romanos 5:1

Os "atributos natalinos" paz e amor, nada mais são do que reflexos, não de caricaturas, mas de verdades, que quando conhecidas, nos possibilitam comemorar muito mais o Natal, sabendo verdadeiramente que grande amor nos atingiu, e a grande reconciliação que obtivemos pela vinda, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Feliz Natal!

Também no blog Bereianos.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Nota: O Deus de todas as religiões é o mesmo? Amar o próximo?

Sobre uma possível frase do Papa Francisco de que todas as religiões demonstram algo de Deus, e consequentemente, levam a conhecê-lo. Vemos por aí também como acusação, geralmente de pessoas que não acreditam em Deus, o argumento de que o maior mandamento aos cristãos é amar uns aos outros, e que não o cumprimos.

Na verdade há uma ordem de importância, dita por Jesus mesmo:

"Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas." - Mateus 22:36-40

O primeiro é mais importante que o segundo, e quando ele fala isso está refletindo o trecho do antigo testamento que diz:

"Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças." - Deuteronômio 6:4-5

A crença no Deus bíblico auto-exclui logicamente a existência e a crença em outros, e quem diz ser cristão e aceita a existência de outros deuses como possível está sendo ou ignorante à bíblia por não a conhecer, que é o caso de muitos, ou está de má vontade mesmo. E cumprir o primeiro mandamento grande mandamento é isso. Se eu tenho que amar a Deus de todo o coração, alma e entendimento, este Deus é o bíblico e único. O que significa que eu só posso conhecer este Deus onde está escrito que ele é o único e verdadeiro, na Bíblia, ou seja, não dá para conhecer a Deus através do Islã, Hindu e tudo mais, apesar destas religiões conterem traços parecidos, o mais importante não está aí: o próprio Deus.

Já o cumprimento do segundo grande mandamento, o de amar o próximo, significa que o cristão tem que amar sim a gays, muçulmanos, budistas, etc. O pessoal gosta de citar que Jesus acolheu ladrões, prostitutas, etc, mas não gosta de lembrar (talvez por não saber) o que ele falava para estas pessoas, como no caso da adúltera: "eles te condenam mas eu não te condeno, vá e não peques mais". O que é mal executado claramente por boa parte dos cristãos, sejam padres ou pastores, que estão em evidência na sociedade e tem mais discursos de ódio que de paz. Que dizem "vá e não peques mais", mas não dizem "eu não te condeno". Que confundem julgamento moral das ações com condenação. Amar é não condenar, mas não só isso, é instruir o que se deve fazer, o que é correto e agrada a Deus, e essa parte realmente não fará muito sucesso por aí. Querem que sigamos a Jesus, mas só em partes.

domingo, 3 de novembro de 2013

Jesus: um homem de muita fé?

Ontem na novela Amor à Vida teve uma cena de culto evangélico onde uma personagem se converteu, achei que não teve nada apelativo ou desrespeitoso, visto a época em que estamos.

Mas uma coisa me chamou atenção, num daqueles momentos onde não se sabe a atitude é por ignorância ou proposital.

O pastor está falando sobre a multiplicação dos pães, realizada por Cristo, e diz que ele conseguiu fazer isso por ter muita fé.

Pois eu digo porquê ele conseguiu fazer aquilo, aliás, Jesus mesmo diz:

"Jesus, aproximando-se, disse-lhes: Foi-me dado todo o poder no céu e na terra."
Mateus 28:18

Há algumas linhas que conheço que podem ter originado um comentário deste partindo do roteirista da novela:

1 - Ignorância

2 - Jesus Cristo foi uma das grandes almas iluminadas por um ser divino que já pisou neste planeta.

3 - Jesus foi um grande homem que deve ser seguido e apenas isso.

Para a primeira opção não há muito o que se falar, né.
Já a segunda e terceira são clássicas por aí, mas elas mesmas não se firmam. Afinal, o mesmo que eles consideram uma grande alma, ou um homem muito sábio disse:

"Eu sou o caminho e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim."
João 14:6

As pessoas que pensam nestas últimas linhas (e não são poucas), devem rejeitar logicamente que Jesus tenha sido algo iluminado, ou o ser humano mais sábio que pisou na Terra. Afinal, qualquer ser humano que afirme isso é um maluco lunático.

Nenhum ser em sã consciência, tenha a crença ou descrença que tiver, pode negar a sabedoria vivida e ditada por Jesus. Mas se dizemos que ele foi tão sábio, temos que assumir que tudo o que ele disse foi verdade. Se somente parte do que ele disse tenha sido verdade, já anularia ou tornaria questionável o todo. Logo, tudo o que Jesus Cristo disse foi verdade. E ele é quem disse ser. O filho de Deus. O caminho, a verdade e a vida. O um com o Pai.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Pastores são ovelhas e o rebanho é de Deus!

Estava lendo esta notícia sobre uma pastora americana que pediu para que só brancos ficassem na recepção, dizendo que "a primeira impressão é a que fica". Infeliz, ninguém discute.

O que me chamou a atenção foi a introdução do texto, que diz o seguinte:
"Geralmente, as igrejas estão de braços abertos para aumentar o seu rebanho..."
Não sei se é uma argumentação inocente, se é ignorância ou uma cutucada sutil.

É interessante a visão geral que a sociedade tem das igrejas evangélicas hoje (que é compartilhada as vezes, infelizmente, até dentro delas) de grandes corporações e sociedades quase comerciais que tem um grande líder que é uma autoridade máxima, um ser super-poderoso, mágico, semi-celestial, que é o representante da igreja diante do mundo: o Pastor. E este rebanho é composto por ovelhinhas que seguem este líder nesta igreja. Isto é o que imagino que vem a cabeça de alguém que pensa ou diz que as "igrejas estão de braços abertos para aumentar o seu rebanho", e uma coisa é certa: esta afirmação não é verdadeira, mas compreensível quando dita por alguém que não conhece o significado real cristão (bíblico) e vê como se comportam algumas igrejas atualmente.

Somos rebanho de quem?

Em seu significado semântico concluímos sim que "pastor" é quem guia as ovelhas, cuida, defende e as deixa tranquilas. E esta foi a melhor figura encontrada na época em que a Bíblia foi escrita para representar o relacionamento dos cristãos não com homens, mas com Deus. Então somos sim rebanho. Mas de quem? Jesus!
Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas; e elas me conhecem; assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. João 10:14-16
Mas e os nossos pastores das igrejas?

A Bíblia também diz que temos homens como pastores:
E ele (Deus) designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. Efésios 4:11-13
Vemos neste texto que Deus chamou vários tipos de pessoas para várias e distintas tarefas. E que a finalidade destes chamados é a edificação e preparação dos próprios cristãos. Neste sentido, os pastores são pessoas que orientam e ensinam os fiéis, mas que em nenhum momento são maiores que eles. Creio que o maior exemplo que temos de verdadeiro pastor é o de quem escreveu este texto, o apóstolo Paulo. Mas como foi a vida deste pastor? Glamour? Televisão? Prosperidade financeira? Orgulho pela posição? O que ele pensava sobre pessoas que se julgam superiores ou que até colocam outros como superiores?

Paulo fala que não devemos nos considerar diferentes, superiores ou inferiores, a qualquer outra pessoa, ainda que tenham certo "destaque" para fazer a obra de Deus:
Irmãos, apliquei essas coisas a mim e a Apolo por amor a vocês, para que aprendam de nós o que significa: "Não ultrapassem o que está escrito". Assim, ninguém se orgulhe a favor de um homem em detrimento de outro. Pois, quem torna você diferente de qualquer outra pessoa? O que você tem que não tenha recebido? E se o recebeu, por que se orgulha, como se assim não fosse? 1 Coríntios 4:6-7
Ele também fala de uma situação pela qual passou, que assustaria muitos pastores por aí, e mostra que não explorou nenhuma das igrejas que ele fundou na época para ficar rico ou se promover socialmente:
Até agora estamos passando fome, sede e necessidade de roupas, estamos sendo tratados brutalmente, não temos residência certa e trabalhamos arduamente com nossas próprias mãos. Quando somos amaldiçoados, abençoamos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, respondemos amavelmente. Até agora nos tornamos a escória da terra, o lixo do mundo. Não estou tentando envergonhá-los ao escrever estas coisas, mas procuro adverti-los, como a meus filhos amados. 1 Coríntios 4:11-14
E nos deixou um ensino sobre como nos tratarmos, independente da nossa posição, totalmente alinhado com a mensagem de Jesus Cristo:
Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Filipenses 2:3
Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si própriosFilipenses 2:10
Não somos rebanhos de igreja, somos rebanho de Deus! O nosso pastor é Cristo, que nos guia, ensina, acalma, cuida e ama. Mas Deus, na terra, chamou pessoas, que também são ovelhas de Cristo, não para serem sacerdotes, pois o único intermediário entre nós e Deus é Cristo, mas guias e mestres, importantes para Deus como qualquer outro cristão, e sem considerá-los superiores a ninguém. Eles devem sim ser sustentados e agraciados pelas igrejas em que dedicam a vida, mas não enriquecidos.

O que vemos hoje se chamando de pastores evangélicos em geral são aberrações. Mas há os que são verdadeiros mestres e guias do rebanho de Deus, homens humildes, sinceros e honestos, que tem como função principal e propósito de vida ajudar as pessoas a fazer o que eles mesmo fazem, seguir ao seu pastor: Jesus Cristo.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Avivamento, Discipulado e Vida Relevante: Uma resposta à compreensão do amor de Deus.

Eu gostaria de falar destes três temas, que são muito importantes pra nossa fé cristã, a partir de uma perspectiva: O entendimento do amor de Deus. Vamos ao texto:

1 João 4:7-18:
7 Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.

8 Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.

9 Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele.
10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
11 Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.
12 Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós.
13 Sabemos que permanecemos nele, e ele em nós, porque ele nos deu do seu Espírito.
14 E vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo.
15 Se alguém confessa publicamente que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus.
16 Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.
17 Dessa forma o amor está aperfeiçoado entre nós, para que no dia do juízo tenhamos confiança, porque neste mundo somos como ele.
18 No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.
Nós amamos porque ele nos amou primeiro.
Agora, para obter bem esta compreensão, também precisamos nos lembrar quem nós somos, quem é Deus e o qual a nossa posição diante Dele.
Logicamente que para esta tarefa não teria espaço e nos faltaria intelecto, para descrever quem é Deus e quais seus atributos (Rm 11.33), sendo assim, vou utilizar as formas mais básicas e populares que usamos em geral para descrever a Deus, creio que será o suficiente para a análise em questão. Se sairmos por aí e perguntarmos para as pessoas quem é o Deus o que elas diriam? Como responderiam? Creio que seriam ditas algumas coisas como: Deus é Triuno, Santo, bom, justo, sábio, eterno, fiel, onisciente, onipresente, onipotente, criador e mantenedor de todas as coisas, etc... Há muitos outros, além de uma que o texto em questão disse: Deus é amor. Gostamos desta frase, de fato ela é linda. Colocamos nos carros, nas portas de casa. Já ví até pixação em parede dizendo isso.

Certo, agora que definimos quem é Deus, vamos para outra definição: Quem somos nós?
Somos seres criados por este Deus, com o propósito de ter comunhão com Ele, glorificá-Lo e dar a Ele toda honra e toda a glória para todo o sempre, porém somos criados com o poder de escolher fazer isso. Deus criou seres com vontades, com capacidade de julgar o bom e o ruim. Em Adão, é sempre bom lembrar, houve o pecado que nos separou do de Deus, aquele pecado que não só nos separou de Deus mas que trouxe como consequência um caos cósmico, onde agora até natureza geme como com dores de parto até a volta de seu Redentor (Rm 8.22-23).  Mas quanto ao homem, somos seres que nascemos contaminados pelo vírus do pecado, e que seremos condenados por Ele. Afinal, se Deus é justo, deve tratar nosso pecado com justiça, como merecemos ser tratados. Se Ele é Santo e Justo, deve se separar de nós e condenar nossa fuga do propósito para com o que Ele nos criou: ter comunhão, glorificá-lo e obedecê-lo. Como o salário do nosso pecado é a morte, Deus pedia que houvessem sacrifícios de animais, que eram oferecidos a Deus como reconhecimento de parte dos homens que a desobediência e os pecados deles resultariam em derramamento de sangue, morte e separação eterna daquele é a fonte de vida.

Na santa e justa análise de Deus, estávamos todos condenados a morte eterna pelos nossos pecados. Não havia um justo sequer, todos os homens haviam pecado. Ninguém que pudesse chegar diante do trono de Deus no dia final e dizer: Eu não pequei, sou justo. Ele lida com nossos pecados e com os pecadores com justiça. Mas pode-se perguntar, onde se manifesta o amor e a bondade de Deus?

Aí que está a chave de tudo isso, de todo este plano e de todo o propósito de Deus: Jesus Cristo. De forma que Deus, quando olha para cada um de nós se lembrava de Adão, homem criado, pecador e desobediente (Rm 5.12) como nós. Deus se fez homem enviando seu Filho, como único cumpridor da santidade requerida do Pai, para que o sangue de um justo fosse derramado, e para que houvesse na humanidade um representante cujo sacrifício agradasse a Deus, o sangue derramado do cordeiro puro, do Filho de Deus, como pagamento dos nossos pecados e selo da nova aliança, aliança da graça (Rm 5.17). Jesus, recebendo a ira de Deus que nós merecíamos, foi morto sem ter pecado algum, proporcionando, para quem crê Nele como único e suficiente salvador, acesso ao Pai e morada celestial na Sua volta redentora, quando toda a criação será restabelecida e redimida (Ef 1.9-10).

Fechando o raciocínio, nós somos criaturas de Deus, que por livre e espontânea vontade nos afastamos e pecamos contra Ele. Que merecíamos como tratamento justo de Deus, sua ira. Mas que pelo Seu amor e bondade nos proporcionou um meio de reconciliação: Jesus Cristo (Jo 14.6; At 4.12).
Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
1 João 4:9-10

Aviamento

Avivamento pode também ser descrito como despertamento. Mas o que pode despertar senão alguém que está dormindo? Se estamos clamando por isso como juventude, temos que nos preocupar e agir de forma que nos preocupemos com nosso estado espiritual atual. Não devemos pensar "minha igreja precisa de avivamento", mas "eu preciso de avivamento". Estes despertamentos na Bíblia são vistos como uma comunidade de pessoas vivendo cheios do Espírito Santo, por isso devemos buscar ser cheios do Espírito Santo como e avivados como igreja, mas isso começa individualmente.

E nós estamos certos em nos preocupar, pois nós sabemos, pelo que Jesus diz em Apocalipse 3:16, qual o fim de quem está morno, Cristo diz que por não ser quente nem frio, mas morno, ele utiliza a metáfora de que está próximo de vomitar a igreja de Laodicéia. No mesmo livro de apocalipse, Ele adverte a Igreja de Éfeso a voltar ao primeiro amor.

Citando rapidamente Jonathan Edwards:
Vocês precisam refletir e despertar de vosso sono, pois jamais poderão suportar a fúria e a ira do Deus infinito. E vocês que são rapazes e moças, irão negligenciar este tempo precioso que desfrutam agora, quando tantos outros jovens de vossa idade estão renunciando às futilidades da juventude e acorrendo céleres a Cristo? Vocês têm neste momento uma oportunidade, mas se a desprezarem, sucederá o mesmo que agora está acontecendo com todos aqueles que gastaram em pecado os dias mais preciosos de sua mocidade, chegando a uma terrível situação de cegueira e insensibilidade. (...)
Queira Deus todos aqueles que ainda estão fora de Cristo, pendentes sobre o abismo do inferno, quer sejam senhoras e senhores idosos, ou pessoas de meia idade, quer jovens ou crianças, que possam dar ouvidos agora aos chamados da Palavra e da providência de Deus. Este ano aceitável do Senhor que é um dia de grandes misericórdias para alguns, sem dúvida será um dia de extremo castigo para outros. Quando negligenciam suas almas os corações dos homens se endurece, e a sua culpa aumenta rapidamente. Podem estar certos, porém, que agora será como foi nos dias de João Batista. O machado está posto à raiz das árvores; e toda árvore que não produz fruto, deve ser cortada e lançada no fogo. 
Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” . (Isaías 55.6-7). 
Então, se você está se sentindo morno ou frio na fé, desinteressado não só pelas coisas da igreja, mas pelas coisas de Deus, é necessária uma auto-análise muito séria. É normal uma oscilação na vida cristã, mas não é normal se você não percebe ou não se sente incomodado com isto. Cristo tem bem claro como não gosta do que está morno ou parado e confortável (Ap 3:16). Ele disse que larga é a porta que leva a perdição e que estreito é o caminho que leva a Salvação (Mt 7.13). Não se acomode. Agora, são necessárias atitudes para abandonar este estado perigosíssimo. Eu sugiro algumas coisas: Oração, leitura da palavra, disciplina espiritual,, confissão (Sl 66.18-20), buscar conhecer mais a Deus e comunhão com os irmãos. Aproveitar cada momento com o povo de Deus. Coisas que você provavelmente fazia no seu primeiro amor (Ap 2.4-5), com uma vantagem: a sabedoria de não existir mais aquele que talvez pudesse ter sido considerado como um exagero de emoções da sua conversão, mas um clamor pela volta da sua vontade de buscar, servir e louvar a Deus (Sl 63). Temos que constantemente buscar uma vida de santidade. E santidade não é uma caricatura de perfeição que até nos incomoda, santidade não é ser esquisito depois de convertido. Santidade é a busca de uma vida de relacionamento com Deus, e algo que devemos buscar com toda importância e intensidade (Hb 12.14). E ter consciência de que toda esta busca não é o mínimo que você deveria fazer em retribuição a um amor tão grande que te atingiu em Jesus Cristo, mas que você não tem outra escolha, outra opção de vida.
Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.

Discipulado

O discipulado, uma ordem de Cristo no "Ide e fazei discípulos", é a raiz da igreja e a sustentadora da nossa vida espiritual. Todos sabemos que é impossível ser cristão sozinho, mas em que isso ocorre na prática? O discipulado também é definido como o "andar junto", é, entendendo o amor que te atingiu, buscar atingir outros. Ensinar e transmitir este amor. Numa época de tanta agitação, correria e falta de tempo, precisamos separar um pouco para nos entregar. E isso não é apenas uma dificuldade de contato ou tempo, é uma batalha espiritual!
Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.

Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós.

Passando a mensagem:
Nós lhes proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham comunhão conosco. Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. Escrevemos estas coisas para que a nossa alegria seja completa.

E como resultado disso, temos o conhecimento para que sejam seguidos os mandamentos de Cristo, para que as pessoas andem em luz. Se este ensinamento não for transmitido, como andaremos em luz? 

Além da importância deste conhecimento para o aperfeiçoamento da nossa fé:
Aquele que diz: "Eu o conheço", mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele.

Mas, se alguém obedece à sua palavra, nele verdadeiramente o amor de Deus está aperfeiçoado. Desta forma sabemos que estamos nele.

E, no discipulado, vemos a importância da comunhão para nos mantermos e sustentarmos firmes, uns aos outros:
Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.

Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

Vida Relevante
Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele.
Entendo por esta passagem de como nós podemos ter uma vida relevante perante a sociedade, igreja, família, trabalho, etc... É entendendo o amor que nos atingiu, e que nos faz viver por meio de Cristo. E se vivemos por meio de Cristo, isto também significa que não há mais vida fora Dele. E uma vida por meio de Cristo, e da contemplação de Seu amor por nós nos fará relevantes em qualquer ambiente. Teremos uma postura de obediência aos mandamentos de Cristo. Seremos canais de Sua graça.

E quanto mais conhecemos a Deus, compreendemos que nós não merecíamos a manifestação do amor de Deus por nós. Assim como o mundo não merece. Poderíamos viver de uma forma apática sobre isso, afinal, não merecemos mesmo. Mas há uma verdade "incômoda": nós recebemos este amor. Isso é constrangedor (2Co 5.14). Isso nos faz transmitir este amor ao mundo (Rm 1.16).

Quando entendemos que amor nos atingiu, vemos as pessoas com o pensamento de que elas também precisam deste amor. Quando entendemos a graça que nos atingiu, vemos as pessoas como seres que precisam desta graça. E nós temos que ser canal de Deus para isso, transmitindo o que recebemos, de forma incondicional, como Ele fez. Sendo assim vamos tratar as pessoas não de acordo com as diferenças sociais, como o mundo faz. Mas como pecadores que carecem, que precisam de nós como canal deste amor. Desta forma seremos relevantes no mundo: proclamando o evangelho e o amor de Deus, em palavras, em atitudes e em vida. Uma vida relevante é uma vida para a glória de Deus, e meus irmãos, não somos chamados para nenhuma outra coisa que não a glória de Deus.

Conclusão

Se o que Deus mais odeia que façamos é desobedecê-lo. O que Ele mais o agrada é a nossa obediência à principal ordem que Ele nos dá: Arrependa-se e creia em Jesus. Esta crença não é apenas uma conclusão lógica intelectual. É totalidade de vida, entrega, autonegação. Cristo não nos comprou em partes, em crediário, em consórcio. Ele pagou a vista e comprou tudo. Ele nos comprou por inteiro, com amor que não merecíamos. Amor de sacrifício, de entrega total, de sangue, sofrimento e morte. Proporcionando reconciliação com Deus e sermos chamados de Seus filhos.

Crendo e vivendo em Cristo, mostramos que o adoramos e reconhecemos Seu amor por nós. Reconhecendo e entendendo completamente este amor:
  • Experimentamos o avivamento em nossas vidas, pois não podemos viver uma vida apática diante do entendimento deste amor, ele nos constrange;
  • Compartilhamos deste amor com nossos irmãos, pois ansiamos e incentivamos que nossos irmãos, ensinando e discipulando, para que também compreendam e vivam de acordo com este amor que nos atingiu;
  • Temos uma vida relevante, entendendo o mundo e as pessoas como carecedores da graça e do amor de Deus, dos quais nós não somos melhores nem piores que estas pessoas, mas somos canais desta graça e amor.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Oração: Falando com o Pai ou com o Filho?

    Muitas vezes temos dúvidas sobre qual o papel de Cristo na oração. Nos pegamos orando “Senhor” e ficamos meio perdidos no meio da oração. “Peraí, eu estou falando com o Pai ou com o Filho? Estou falando com Senhor Deus ou com Senhor Jesus? Pra quem peço o que?”.

    Acredito que podemos encontrar esta resposta em alguns capítulos de Hebreus, onde é dito que Jesus é nosso sumo-sacerdote. Mas para entender isso e saber o que um sumo-sacerdote faz, temos que voltar um pouco a história do povo judeu, sob a luz de Cristo. 

    Quando o povo hebreu foi libertado por Deus do Egito, através de Moisés, no deserto Deus começou a preparar uma religação com Ele, uma mediação entre Ele e o povo. Nestas passagens é quando Deus entrega as tábuas da Lei, ordena à construção do tabernáculo, e Arão, irmão de Moisés, é constituído o primeiro sacerdote. O sumo-sacerdote tinha a missão justamente de trabalhar e cuidar das coisas do tabernáculo, cuidar das reuniões do povo e intermediar pelo povo. Sendo também o único que podia entrar no lugar que simbolizava a presença santa de Deus, o Santo dos Santos. 

    O sistema de intermediação funcionava da seguinte forma: Uma vez por ano, as pessoas levavam seus melhores cordeiros ao tabernáculo ou templo para serem sacrificados ao Senhor pelos seus pecados, quem fazia isso era o sumo-sacerdote. E este sumo-sacerdote deveria fazer um sacrifício pelos próprios pecados antes de poder entrar no Santo dos Santos. Ele levava o sangue dos animais sacrificados e aspergia sobre o propiciatório, que era a tampa da Arca da Aliança que continha as tábuas da Lei recebidas por Moisés no deserto. E neste momento ele intercedia pelo povo e por seus pecados. 

    Quando chamamos Jesus de sumo-sacerdote, estamos admitindo o cumprimento e a validade do antigo testamento. Pois temos em Cristo um sumo-sacerdote. Agora, ao invés de levar nossos melhores animais, que simbolizava o melhor que o povo tinha, levamos nossos corações a Cristo e diante de Deus. Nós também temos agora um homem que tem livre acesso a Deus, pois não tem pecado algum. Temos um sacrifício final e eficaz realizado por nós. Cristo, um cordeiro puro, sem manchas, foi sacrificado pelos nossos pecados, e seu sangue é derramado sobre a Lei, declarando seu cumprimento e a nova aliança, onde o sacrifício final já foi realizado. E temos à direita do Pai um sacerdote, que apresenta ao Pai seu próprio sacrifício por nós. Que intercede por nós, que nos compreende, pois foi carne e osso como nós e tentado em todas as coisas, sem pecado, sendo nosso único, definitivo e eterno intercessor diante de Deus. 

    Sendo assim, também temos como componente na oração o Espírito Santo. Que clama por nós com gemidos inexprimíveis, nos consola, orienta e guia. Toda oração deve ser direcionada ao Deus trino e podemos concluir dizendo que oramos para o Deus Pai, através do Filho, com o poder do Espírito Santo.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Enquanto isso, (cristãos) na faculdade...

   Ontem foi meu primeiro dia de aula! E como em toda boa faculdade, o professor tinha crenças malucas anticristãs e as tenta impor aos alunos. Isso me lembrou de ver esse vídeo do Augustus Nicodemus sobre:

                          

   Ele apresenta dados alarmantes sobre cristãos na faculdade: apenas 30% dos jovens cristãos que entram numa universidade fica firme na fé, e 20% vira ateu. O restante fica fraco, tem muitas dúvidas e vai na igreja apenas pela família.

   Isso se deve ao ataque cheio de "conhecimento" histórico que esses influenciadores fazem, dizendo estar abrindo a visão dos alunos. Que funciona pelo conhecimento superficial que temos das coisas de Deus, e as vezes até a falta de certeza de uma experiência real com Ele.

   Por favor, não pensem que em 2 mil anos de cristianismo não teve gente inteligente o suficiente para nos dar um embasamento bíblico e seguro sobre os mais diversos assuntos e confrontos. E também não podemos ter a utopia de que só porque nosso irmão está sentado ao nosso lado na igreja ele está firme.

   Como cristãos bíblicos não podemos ficar só olhando esse tipo de coisa acontecendo. Isso é muito sério.

   Vá atrás do seu irmão que está em alguma faculdade com amor e carinho, e pergunte se está tudo ok. Nossos irmãos são nossa responsabilidade. Incentive estudos e debates mais profundos de conhecimento na igreja, talvez até um tema específico na EBD para universitários.

   O inimigo está agindo, ele age nos colocando dúvidas sobre as coisas de Deus. Não podemos usar essas duvidas como base para desobediência e afastamento, mas como incentivo para saná-las, perseverar na fé e crescer em conhecimento sobre o reino de Deus.

   "A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração."
Colossenses 3:16