sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Nota: Direita, esquerda, mal e bem

Em características gerais, e ainda que eu não goste muito de rótulos, é possível se fazer uma breve análise sobre os dois grupos que reagem à questões políticas e sociais: a direita e a esquerda.

Boa parte dos cristãos são os considerados conservadores de direita, que tem como características gerais serem contrários à um tipo de política de controle estatal, inúmeros benefícios sociais, são a favor da livre iniciativa, da ação do indivíduo como agente de mudanças na própria condição e na sociedade, preservador da instituição familiar e que se posicionam contra algumas questões ditas progressistas como liberação de drogas, direitos a homossexuais, entre diversas outras.

Na contrapartida estão se manifestando os esquerdistas. Este grupo é em geral a favor de um Estado mais presente na sociedade como órgão de controle, legislador e distribuidor de recursos, promovendo igualdade de gêneros, raças e classes sociais. Há uma visão, em suma, humanista da realidade, derivada dos pensamentos do maior criador de sua ideologia: Karl Marx.

Basicamente a diferença entre os dois, quando esta não está nos valores morais e éticos de cada um, está sua opinião sobre o nível de atuação do Estado na vida da sociedade e sua influência na vida das pessoas.

Sob o ponto de vista cristão os conservadores e os "esquerdistas" nunca se entenderão por um motivo que creio ser o principal: a perspectiva da realidade humana.

Para os cristãos, grande parte dos conservadores, somos uma raça manchada e enraizadamente influenciada pelo pecado, que para os cristãos não é apenas uma conduta social inadequada, mas uma condição natural humana que, sem a intervenção divina (direta ou indireta, pela Bíblia), não pode praticar nada de bom, observando através desta perspectivas os erros e acertos da humanidade como cumprimento ou não cumprimento dos valores divinos. E diante da ação e entendimento destes valores divinos, promover o bem é vivê-los e transmití-los a outros seres humanos.

Já para os esquerdistas, que tem uma visão em geral humanista da realidade, o homem é gerador de valores, capaz de, diante de melhores condições sociais, econômicas e educacionais, escolher praticar o bem ou o mal, e diante de condições ideais para a escolha do bem, propagá-lo.

Os embate entre as duas posições sempre se dará principalmente por estas razões e pelo seu efeito em suas cosmovisões. Os direitistas nunca aceitarão a posição dos esquerdistas pois sabem que do homem só pode vir o mal, devido ao efeito do pecado, e que a atuação dos indivíduos somente pode ser boa diante da interferência de Deus, e tem à seu favor os exemplos de que o mal não deixou de existir e nem de ser praticado em sociedades praticamente "livres" de influências cristãs, onde apesar das condições sociais, educacionais e econômicas equilibradas, ainda há crimes, assassinatos, roubos, etc. Enquanto os esquerdistas utilizam à seu favor o fato de que sociedades cristãs, e que até tinham sua religião como aparelho do Estado ou crença oficial e geral da sociedade, não tiveram boa conduta e também houve desigualdade, crimes, violência, às vezes até sob a interpretação (errada) de que eram da vontade de Deus à luz da Bíblia.

Vemos que o mal é presente e está na essência do homem, com apenas uma diferença entre as duas posições, que é a de que os cristãos tem uma explicação extremamente razoável e consistente para este mal: o pecado. E diante esta perspectiva, não podem confiar plenamente em algum tipo de governo que, mesmo corretamente desvinculado do cristianismo, o proíba, interfira ou queria se afastar totalmente de seus valores, como querem os governos de esquerda quanto mais alcançam poder.

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