terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Nota: O Deus de todas as religiões é o mesmo? Amar o próximo?

Sobre uma possível frase do Papa Francisco de que todas as religiões demonstram algo de Deus, e consequentemente, levam a conhecê-lo. Vemos por aí também como acusação, geralmente de pessoas que não acreditam em Deus, o argumento de que o maior mandamento aos cristãos é amar uns aos outros, e que não o cumprimos.

Na verdade há uma ordem de importância, dita por Jesus mesmo:

"Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas." - Mateus 22:36-40

O primeiro é mais importante que o segundo, e quando ele fala isso está refletindo o trecho do antigo testamento que diz:

"Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças." - Deuteronômio 6:4-5

A crença no Deus bíblico auto-exclui logicamente a existência e a crença em outros, e quem diz ser cristão e aceita a existência de outros deuses como possível está sendo ou ignorante à bíblia por não a conhecer, que é o caso de muitos, ou está de má vontade mesmo. E cumprir o primeiro mandamento grande mandamento é isso. Se eu tenho que amar a Deus de todo o coração, alma e entendimento, este Deus é o bíblico e único. O que significa que eu só posso conhecer este Deus onde está escrito que ele é o único e verdadeiro, na Bíblia, ou seja, não dá para conhecer a Deus através do Islã, Hindu e tudo mais, apesar destas religiões conterem traços parecidos, o mais importante não está aí: o próprio Deus.

Já o cumprimento do segundo grande mandamento, o de amar o próximo, significa que o cristão tem que amar sim a gays, muçulmanos, budistas, etc. O pessoal gosta de citar que Jesus acolheu ladrões, prostitutas, etc, mas não gosta de lembrar (talvez por não saber) o que ele falava para estas pessoas, como no caso da adúltera: "eles te condenam mas eu não te condeno, vá e não peques mais". O que é mal executado claramente por boa parte dos cristãos, sejam padres ou pastores, que estão em evidência na sociedade e tem mais discursos de ódio que de paz. Que dizem "vá e não peques mais", mas não dizem "eu não te condeno". Que confundem julgamento moral das ações com condenação. Amar é não condenar, mas não só isso, é instruir o que se deve fazer, o que é correto e agrada a Deus, e essa parte realmente não fará muito sucesso por aí. Querem que sigamos a Jesus, mas só em partes.

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